Será que à terceira é de vez?
Aos 18 anos um homem teve um acidente de trabalho, que lhe roubou um braço. Este acidente deu-lhe, naturalmente, direito a uma pensão por invalidez.
Tudo corria normalmente quando, pouco tempo depois, é dado como morto pelo Centro Nacional de Pensões, sendo-lhe retirada a pensão e chegando inclusive a ter direito ao toque do sino da igreja local. Depois da mulher provar que o seu marido afinal não estava morto (provavelmente era um morto-vivo, situação para a qual O Período já vos alertou no passado) lá foi restabelecida a pensão, que havia sido injustamente cancelada.
Há pouco tempo, agora com 46 anos, recebeu uma carta, do mesmo centro, anunciando mais um vez o cancelamento da sua pensão, por ter sido considerado apto para todo o trabalho. Será que 28 anos é o prazo limite que o Centro Nacional de Pensões dá para que nasça um novo braço a quem sofre uma amputação, ou será que, com a publicação de um novo dicionário qualquer, a definição da condição de apto foi alterada?
De uma forma ou de outra, há que reconhecer a persistência dos funcionários deste serviço em querer reduzir os custos do estado português com os pensionistas.