Sai nos dias de maior fluxo

quinta-feira, junho 09, 2005

Época de Incêndios 2005

Análise e antevisão

por Gabriel Alves, comentador desportivo.

Saudações desportivas, caros leitores. Por motivos logísticos, esta ano a festa do fogo começa mais cedo. As hostes animam-se perante a antevisão de mais uma magnífica época recheada de bonitos espetáculos, labaredas vistosas, áreas ardidas magnificamente trabalhadas. Na época transacta, Castelo Branco foi o campeão da área ardida, tendo em Vila de Rei e Mação uma dupla atacante altamente produtiva, contribuindo com mais de 80% dos hectares queimados. Não muito distante ficou Odemira, com a Serra de Monchique a facturar só á sua conta 60% do queimado total. Para o fundo da tabela ficam zonas como Braga e Viano do Castelo, que apesar do elevado número de fogos registados, a facturação em termos de hectares foi bastante precária, diria até mesmo medíocre. Perante este cenário, esta época prespectivava-se mais do mesmo. Desengane-se, leitor menos atento. Este início de época desenfreado mostra o contrário. Os chamados "grandes" sofrem agora a pressão dos chamados "pequenos". Eis que surge uma nova geração de fogos, capazes de rivalizar com as estrelas mais bem pagas. São rápidos, velozes, nada lestos e pouco lentos. Queimam hectares como quem qeima fósforos e o resultado são áreas queimadas bem trabalhadas, descrevendo formas geométricas, arejadas. Áreas como Monchique e Odemira têm nas suas estrelas a esperança nesta época, mas estão demasiado desgastadas e flácidas fruto de uma época transacta intensa por demais, fogos musculados e de fato-de-macaco, é certo, nada bonitos e ainda menos belos. Mas por certo eficaz. Acabaram-se as broas e as amêndoas este ano para os favoritos. Favoritos? Não há, só predilectos. Este é o ano do fogo menor que aspira o infinito. É o ano da raça, do querer, não só do equilibrio mas também da ausência de fossos. Quanto á Protecção Cívil deseja-se como sempre que não se fale dela, que passe discreta q.b., chega de polémicas que descredibilizam o fogo português. Desejam-se bombeiros que deixe o fogo correr, a bem do espetáculo, do povo que enche as povoações que se tornam em cidades e que são a alegria deste fenómeno poderoso. Uma boa época cheia de espetáculo é o que se deseja!

Escorredores de Serviço



Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!