A cor da merda - um contributo para a enologia
É certo e sabido que o consumo exarcebado de vinho provoca, além da respectiva borracheira, um elevado escurecimento das fezes excretadas nos dias subsequentes ao dito consumo. O que me proponho criar é uma paleta de cores da merda que permitam ao cagador aferir da qualidade do vinho consumido no dia anterior. Antes de mais, o vinho tem que ser consumido em dose superior a um litro. Depois é só cagar no dia seguinte. Assim, quanto mais próximo do preto, tipo carvão, for a cor da merda mais qualidade terá o vinho ingerido. Os vinhos a martelo normalmente tendem para uma cor verde escura. Aos olhos dos mais inexperientes, ao olhar para um monte de merda, a cor parecerá sempre a mesma. O truque consiste em não cagar para a água da sanita mas sim para a parede da mesma, de modo a que a feze escorra e deixe um pequeno rasto que, em contraste com a suposta brancura da porcelana, revele o real cromatismo do excremento. Á luz deste novos dados, escusado será dizer que o vinho verde Tinto Vilelas deixa um rasto preto-mais-que-carvão. Deste modo o consumidor apreciador de vinhos disporá de uma nova ferramenta que lhe permitirá elaborar uma carta de vinhos e restaurantes que valerá apena consumir e frequentar numa relação custo/qualidade apenas olhando para aquilo que caga.