Sai nos dias de maior fluxo

sábado, outubro 11, 2003

O papel do PCP num Portugal do século XXI!

Foi quando assistia a uma sessão da nossa soberana Assembleia da República, presidida pelo homossexual reprimido, Mota Amaral, que se fez luz e obtive resposta a uma dúvida que me assaltava o espírito há muito tempo: porque é que o Partido Comunista Português ainda existe?

Para colocar os nossos estimados leitores em contexto, vou-vos dar o background desta dúvida que me consumia. Quem se dedicar um pouco a explorar os meandros desta doutrina e estudar um pouco da história do Comunismo no mundo, chegará à fácil conclusão que, cada vez que os líderes que defendiam este ideal chegaram ao poder, rapidamente punham em prática uma forte ditadura, caracterizada por perseguições políticas, imposição de valores e perda total de liberdade. Quem não se maravilha com a ditadura chinesa e a fantástica "Revolução Cultural", em que milhares de livros e obras de arte foram destruídos, e onde professores, escritores e intelectuais foram perseguidos, escravizados e mortos. Não se iludam caros leitores, o Comunismo no seu total, matou mais pessoas do que o Nazismo!

Quando alguém se auto-apelida Maoísta ou Estalinista, tenho vontade de lhe cuspir em cima!

Em Portugal, no pós 25 de Abril, tivemos um pequeno cheirinho do que seria o Comunismo no poder. E mais uma vez, embora a um nível mais soft, pudemos assistir a perseguições políticas (não necessariamente a fascistas ou apoiantes do anterior regime, mas a pessoas de esquerda).

Esse passado brilhante (nacional e internacional) fazia com que eu não percebesse o porquê da existência do Partido Comunista Português (PCP), nos dias de hoje. É um facto que ainda existe muita gente do passado que acredita nos valores defendidos por este partido, mas a existência de uma Juventude Comunista Portuguesa é uma coisa que não compreendo. Será que estas pessoas não conhecem o próprio passado?

Pois eu descobri por que razão devemos manter o PCP no activo. Já nos tínhamos habituado a rir de certas atitudes/intervenções de certos elementos do PCP, como por exemplo a do líder da bancada parlamentar, ao afirmar que tinha dúvidas que o regime Norte-Coreano (que, para quem não sabe, é comunista) fosse uma ditadura. Mas a verdade é que, embora fossem comediantes e uma anedota, eram-no de uma forma passiva, discreta.

Ora o líder, Carlos Carvalhas veio dar um novo rumo a esta veia humorística do PCP. Farto de um humor discreto e com medo de passar despercebido, passou ao ataque com um novo estilo pro-activo anedótico. Quando se referiu ao Tony Blair como "essa avestruz" e quando, ao ter sido suavemente repreendido pelo Mota Gay Amaral, pediu desculpas, referindo que não pretendia "ofender o animal", fez rir toda a assembleia, tornando óbvio o papel do PCP em Portugal - o de bobo da corte!

O humor é uma das coisas que nos mantém animados, de ânimo elevado para enfrentar as adversidades. Não seria portanto correcto que os elementos da assembleia que, numa actividade já de si demasiado triste que é a política, ainda nos fazem rir (quer seja de uma forma activa ou passiva), fossem afastados. Bravo PCP, que se mantenham sempre assim!

No entanto gostaria de deixar uma palavra de apreço a Carlos Carvalhas, que catalogou muito bem o Primeiro Ministro Inglês, que, na minha humilde opinião, deveria enfiar a cabeça na terra e de lá não a tirar.

Escorredores de Serviço



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